quinta-feira, 8 de março de 2012

Aumento da carga horária




O debate e as investidas sobre o aumento da carga horária e seus reflexos no rendimento escolar parece ser uma trama interminável e que renderá ainda muitos episódios nas instâncias dos poderes Executivo e Legislativo.

O Ministro da Educação solicitou um estudo sobre o aumento do número de horas do aluno na escola e sua correlação com o aumento do rendimento escolar. Esse estudo realizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo, teria “revelado” que mais tempo na escola “possibilitaria” melhoria dos resultados do aluno na aprendizagem e nas avaliações (Enem, Ideb, etc). “Tem gente que defende o aumento da carga horária, outros, o aumento do número de dias letivos. E há essa terceira ideia, de não fixar número de dias e de horas e dar alguma liberdade para a rede se organizar”, disse ao Estado o Ministro Haddad. Por exemplo, se são fixados no mínimo mil horas ou 200 dias, a escola pode dar cinco horas por dia e manter 200 dias letivos ou pode dar 4h30 em 220 dias”. (Fonte: O Estado de S.Paulo)

O objetivo em aumentar os dias letivos é encurtar o tempo que a criança fica longe da escola. Ou seja, na visão desses “burrocratas”, mais tempo na escola e mais tempo na sala de aula representa mais aprendizado.

Conforme noticiou o Correio Braziliense (20/10), a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda teria dito em seu Twitter que “o governo desistiu da ideia de ampliar os dias letivos e que a ampliação deverá se dar pela ampliação da jornada diária.”

Você concorda que esse é o caminho para melhorar a qualidade do ensino público?

Você já percebeu que as políticas educacionais propostas nunca consideram o excesso de alunos em sala de aula, a indisciplina escolar, a baixa remuneração docente e a ausência dos pais na vida escolar de seus filhos como problemas primordiais a serem resolvidos, para que possamos, efetivamente, caminhar em direção a um ensino público de qualidade?

Aqueles que gerenciam os órgãos responsáveis pela educação pública demonstram, nessas palavras, falta de conhecimento sobre o tema. Porém, acreditamos que essa incompetência represente muitas doses de descompromisso com o ensino de qualidade. E esse é um risco que não podemos nos dar ao luxo de correr.

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